Autores: I. V. Rocha; P. M. Ferraz; J. L. Vasconcelos Junior
Orientador: F. B. Magalhães
Data: 23/11/2011
Resumo:
Introdução: O avanço da tecnologia possibilitou o aprofundamento dos estudos relacionados à biotecnologia e à engenharia genética, permitindo o seqüenciamento genético, modificação e transferência de genes no intuito de criar uma maior variabilidade das espécies. Tendo em vista a acentuação e o melhoramento das características dos alimentos, como, por exemplo, o aumento do número de proteínas no arroz, cenouras mais adocicadas e com maior concentração de betacaroteno, ou até mesmo o aumento do tempo de prateleira de frutos como o tomate Flavr Savr, indústrias focaram suas pesquisas para a área da genética molecular. A análise dos riscos e benefícios advindos do uso das técnicas de melhoramento alimentício favoreceu o surgimento de discussões relacionadas aos alimentos transgênicos. A escassez de conhecimentos necessários acerca dos possíveis riscos do uso das técnicas genéticas moleculares alimentícias gera a reflexão sobre as possíveis consequências ecológicas, como a possível diminuição da biodiversidade causada pela produção exclusiva de alimentos melhorados, bem como os factíveis riscos para a saúde humana. Dentre as desvantagens das aplicações das técnicas transgênicas, pesquisadores da área evidenciam que a sequência genética modificada não pode ser totalmente controlada uma vez que genes existentes anteriormente no organismo possam ser afetados. Genes transferidos entre espécies distintas podem extinguir as particularidades dos organismos. A alternância dos genes pode acarretar em alergias humanas causada pela possível síntese de proteínas antes inexistentes no alimento. Em contrapartida, alterações na sequência dos genes de alimentos podem, através da produção de novas substâncias, estimular o sistema imunológico e proporcionar efeitos redutivos, preventivos ou até mesmo evitar o desenvolvimento de patologias. A adição ou aumento da concentração de nutrientes essenciais serviriam como complementos nutricionais. Objetivos: Essa revisão teve por objetivo fazer um levantamento de dados a fim de realizar uma análise crítica sobre os possíveis riscos que os alimentos transgênicos podem representar à saúde humana. Metodologia: A metodologia empregada na elaboração dessa revisão bibliográfica foi a consulta na base de dados do Scielo, PubMed e um artigo publicado na Revista Parcerias Estratégicas, tendo como critérios de inclusão artigos publicados no período de 2000 a 2010 e que abordassem o tema modificações genéticas e alimentos transgênicos, publicados em português e espanhol. Resultados: Dentre os cinco artigos e publicações utilizados nessa revisão de literatura, nenhum apresentou resultados conclusivos ou dados cem por cento comprovados, mas sim hipóteses sobre os possíveis riscos a respeito do uso das técnicas de transgenia. Conclusão: A partir da análise das informações citadas nos textos, não é possível obtermos conclusões acerca dos benefícios e malefícios da transgenia em alimentos pelo fato da escassez de estudos que os comprovem cientificamente. É indispensável que os alimentos transgênicos sejam submetidos a uma avaliação que abranja, levando em consideração questões ambientais de segurança e sócio-econômicas, os possíveis impactos que eles podem exercer à saúde humana.
Tipo: Oral