Autores: A.F. Lima; A.C. Melo; L.P. Almeida; T.G.S. Brito
Orientador: F.A.M. Esteves
Co-Orientador: R.K.A. Veiga
Data: 23/11/2011
Resumo:
Introdução: A doença inflamatória intestinal (DII) é uma denominação genérica que engloba várias entidades patológicas, sendo as mais comuns: retocolite ulcerativa inespecífica (RCUI) e doença de Crohn (DC) (BURGOS, et al, 2008). Caracterizam-se por serem recorrentes e imunologicamente mediadas, sendo o intestino o órgão alvo e o evento principal é o processo inflamatório crônico (ZALTMAN, 2007). A etiologia é desconhecida, provavelmente multifatorial, com participação de fatores genéticos, ambientais, microflora intestinal e resposta imune. Apesar de semelhantes, são consideradas doenças distintas (BURGOS, et al, 2008). A RCUI é uma doença inflamatória que acomete de modo contínuo a mucosa do reto e do colo e se traduz clinicamente com um quadro de diarréia sanguinolenta. A DC é uma doença inflamatória que acomete todas as paredes do trato digestivo de maneira descontínua. Pode estender-se até mesentério e linfonodos, podendo manifestar-se clinicamente com um quadro de diarréia sanguinolenta (BARBIERI, 2000). Nas duas enfermidades podem estar presentes manifestações extra-intestinais, como artralgia, artrite, lesões cutâneas e hepatopatias (BURGOS, et al, 2008). Os dados estatísticos demonstram um aumento acentuado da incidência da doença nos países do hemisfério sul, embora continue a ser mais prevalente nos países do hemisfério norte e nos estratos sócio econômicos mais altos (RAPOSO, 2008). O Brasil ainda é considerado área de baixa prevalência de DII, apesar do aumento significativo da incidência destas doenças nos registros da literatura nacional. Em nosso meio, estas doenças não são consideradas de notificação compulsória, o que nos leva a pensar que as DII podem não estar sendo diagnosticadas (SOUZA, et al, 2008). Objetivo: As dificuldades diagnósticas surgem tanto na formulação da hipótese clínica como no processo de investigação. Essa revisão de literatura teve por objetivo relatar as principais formas de diagnóstico da DII, indicando os principais exames solicitados que permitem chegar a um diagnóstico conclusivo. Metodologia: A metodologia empregada na construção dessa revisão bibliográfica foi a consulta na base de dados do Scielo, tendo como critérios de inclusão artigos publicados no período de 2000 a 2011 e que abordassem o tema diagnóstico da doença inflamatória crônica. Conclusão: Após o término dessa revisão foi possível concluir que o diagnóstico de DII é complexo. A inexistência de um exame único, padrão ouro, torna necessária a associação de dados clínicos, exames sorológicos, radiológicos, endoscópicos e histológicos para a realização do diagnóstico. Mesmo com o uso de todo este aparato, o diagnóstico pode não ocorrer e somente a evolução natural da doença poderá auxiliar.
Tipo: Pôster
TRABALHO PREMIADO COMO PRIMEIRO LUGAR PÔSTER