Autores: T.G.S. Farias; D.M.S. Aguiar; I.V. Rocha; J.L. Vasconcelos Junior
Orientador: S.R. Oliveira
Data: 23/11/2011
Resumo:
Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado no final da década de 1980, regulamentado pela lei 8080 para garantir à sociedade um direito básico e fundamental: o direito universal à saúde. Porém, desde a sua implantação, o SUS tem se mostrado aquém do esperado. Desde o início de sua criação, o SUS sofreu uma rápida e abrupta redução no recebimento de verbas. Hospitais sem recursos implica em redução de funcionários, salários e, por conseguinte diminuição da qualidade do serviço prestado. A falta de interesse político em manter a qualidade do SUS torna o profissional cada vez mais desanimado e desacreditado no trabalho, refletindo no atendimento à saúde. Observa-se nas filas dos hospitais o exercício de práticas autoritárias e uma alienação aos determinantes sociais das doenças que os pacientes são portadores. Há uma perda da sensibilização e da humanização por parte de quem é responsável pela assistência. Muitos profissionais assumem um caráter antiético em virtude das deficiências administrativas do governo. O exemplo mais simples e comum é a relação médico/paciente durante uma consulta, quando esta acontece. O médico se encontra numa situação em que há uma enorme quantidade de pessoas necessitando de atendimento e não há tempo ou leitos para todos. O que alguns fazem neste caso é inferiorizar a qualidade do atendimento para acelerar este processo e poder atender o máximo de pacientes possível. Acabam transgredindo a bioética por falta de opção. A eqüidade é, então, a base ética que deve guiar o processo decisório da alocação de recursos. É o princípio que permite resolver parte razoável das distorções na distribuição da saúde, ao aumentar as possibilidades de vida de importantes parcelas da população, uma vez que visará o interesse comum e o direito de cada ser humano à assistência à saúde de acordo do com sua necessidade. Os profissionais da saúde que devem garantir os direitos e proporcionar os meios necessários para melhorar a saúde da população se mostram insatisfeitos com a organização, qualidade e competência do Sistema de Saúde, dando a impressão de desencantamento e descrédito quanto a sua capacidade para transformar em realidade uma política tão generosa e racional. A ética é de responsabilidade de todos. Ela ajuda na construção de uma relação solidária, contribui para o fortalecimento da gestão, descentralização, participação da população – que é altamente importante, além de ser um direito – controle social e acesso universal à saúde. Objetivo: Apontar possíveis erros éticos no Sistema Único de Saúde, por parte de profissionais que o administram ou que fazem parte do corpo hospitalar. Metodologia: A metodologia empregada na construção dessa revisão bibliográfica foi a consulta na base de dados do Scielo e relatos de usuários do Sistema Único de Saúde. Conclusão: Após o término dessa revisão foi possível concluir que os problemas éticos relacionados à saúde pública estão intimamente ligados ao descaso e a corrupção política, através de desvios de verba e desrespeito à vida.
Tipo: Oral