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AÇÃO ANTIMICROBIANA DOS PRINCÍPIOS ATIVOS DO ALECRIM-PIMENTA

01/12/2011 16:43

Autores: A.M.A. Natividade; J.E.S. Germinio; C.S. Oliveira; G.F. Espindola

Orientador: R.P. Cordeiro

Data: 23/11/2011


Resumo:

INTRODUÇÃO: Antibióticos são substâncias produzidas por microorganismos, com a capacidade de inibir o crescimento de outros microorganismos. Porém, esse conceito vem se tornando um tanto ultrapassado, pois, com o avanço de medicina e principalmente do estudo de fitoterápicos, tem-se descoberto plantas que também possuem a propriedade de inibir o crescimento microbiano. OBJETIVO: A alternativa buscada por esse trabalho é, a utilização de princípios ativos de plantas, que, quando administrados de forma adequada, possuem efeitos antimicrobianos e reações adversas mínimas ou nulas. METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado através de uma revisão de literatura, feita com pesquisas em livros da biblioteca, artigos científicos e sites relacionados com o tema. CONCLUSÃO: Os níveis do uso de antibióticos para o tratamento de doenças causadas por infecções bacterianas são bastante acentuados, porém, eles estão se tornando um problema, pois, além das bactérias estarem apresentando grande resistência aos mesmos, efeitos adversos também estão se tornando bem comuns, como por exemplo; a penicilina que pode causar reações alérgicas;  já os  aminoglicosídeos que são capazes de acarretar lesão renal ou do ouvido interno; e a tetraciclina, um antimicrobiano de ação bacteriostática pode depositar em dentes e ossos, quando utilizada na pediatria, estas deposições podem descolorir o esmalte dos dentes decíduos assim como dos permanentes, e essa deposição óssea pode provocar redução do crescimento ósseo. Esses tipos de reações tornaram-se um grande impasse para o uso dos antibióticos, e devido a estes fatos tem-se buscado soluções para a minimização desse problema. A Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae), conhecida como alecrim-pimenta, alecrim-bravo e estrepa-cavalo, espécie de ocorrência quase que exclusiva na caatinga do nordeste brasileiro, contém em suas folhas óleo essencial, rico em timol. A análise fitoquímica das folhas registra até 4% de óleo essencial, que contém mais de 60% de timol ou uma mistura de timol e carvacrol, dois terpenos fenólicos dotados de fortíssima atividade antimicrobiana. O carvacrol e o timol agem contra os microrganismos através de uma ação lipofílica na membrana celular, dispersando as cadeias de polipeptídeos que irão constituir a matriz da membrana celular. Atuam provocando mudanças na permeabilidade e atividade da membrana celular das bactérias. Esses danos ao sistema enzimático das bactérias estão relacionados à produção de energia e síntese de componentes estruturais, dificultando a condução e transporte do ATP intracelular. Estudos realizados comprovam a acentuada atividade antibacteriana demonstrada pelo Alecrim-pimenta , que levou a uma inibição completa do crescimento de S. thyphimurium, S. aureus, L. monocytogenes e Y. enterocolita, que é atribuída ao alto teor de timol e carvacrol, substâncias antimicrobianas fenólicas presentes no óleo essencial desta planta. As propriedades antibacterianas e antifúngicas de Alecrim-pimenta foi revelado por Matos, 1998. O desenvolvimento de antibióticos naturais produzidos a partir de princípios ativos de plantas, podem ser uma alternativa para a minimização das reações secundários causados por antibióticos, porém, ainda se tem muito o que estudar e aprender sobre os terpenos das plantas. É necessário um estudo aprofundado sobre os efeitos de tais substâncias analisando as suas propriedades farmacológicas e os seus níveis de toxicidade, para que assim, drogas e medicamentos possam ser produzidos a partir dessas substâncias.

 

Tipo: Oral