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Diretório Acadêmico de Biomedicina - FACULDADE ASCES

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AVANÇOS NAS VACINAS DE HIV

01/12/2011 16:21

Autores: A. C. Melo; A.F. Lima; K.F.A. Lima; J.A.A. Nascimento Junior; M.J.C. Melo

Orientador: M.H.S. Paiva

Co-Orientador: R.K.A. Veiga

Data: 23/11/2011

 

Resumo:

Introdução: As vacinas são classificadas em três grandes grupos ou gerações de acordo com sua atividade, onde a primeira utiliza o agente patológico com sua constituição completa, de forma inativada ou atenuada. Neste tipo de vacina, também podem ser utilizados outros micro-organismos não patógenos extraídos de outros hospedeiros para gerar uma resposta imune mais resistente. A segunda geração é aquela que utiliza anticorpos contra as glicoproteínas expressas pós-infecção do HIV nas células linfocitárias, sendo responsável pelo tratamento direto dos sintomas de certas doenças. Já a terceira geração é baseada na informação genética do patógeno que promove proteção, gerando uma resposta mais eficiente pelo Sistema Imunológico (SI). Essa terceira geração é também conhecida como vacina de DNA ou gênica. Durante os últimos 20 anos, vários trabalhos vêm sendo desenvolvidos para a produção de vacinas contra o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), com resultados obtidos através da indução do sistema imune na criação de anticorpos anti-HIV (Env), ocorrendo falha durante a fase III da triagem clínica. Objetivos: Desta maneira, o presente trabalho tem como objetivo identificar vacinas que estejam sendo pesquisadas para o tratamento profilático e/ou terapêutico da infecção pelo vírus HIV do tipo 1 e os sítios susceptíveis a mutações do seu material genético que estão sendo os alvos chaves dessas vacinas, como também as proteínas expressas pelos vírus e seus pontos fracos ao infectar o linfócito T CD4+. Metodologia: Pesquisas foram realizadas na hemeroteca da Faculdade ASCES, como também em periódicos e bancos de dados na internet como os sites de busca: PubMed Central, BioProject, BioSystems, NCBI, entre outros, com os seguintes descritores: HIV Vaccine, Vacina de HIV, MVA-B, Sérgio Crovella, Vaccine Brazil, Vaccine Europa. Conclusão: Estudos promissores vêm sendo feitos durante os últimos anos por todo o mundo, entre eles há um desenvolvido em ambiente nacional, por pesquisadores da USP, UFRJ e UFPE há mais de 10 anos que trás uma nova esperança para os portadores de HIV. A infecção por HIV, por ser de etiologia complexa, depende de vários resultados como a interação entre fatores ambientais e informação gênica do hospedeiro. Há estudos que comprovam casos em que pacientes tornavam-se imune ao vírus do HIV por possuírem uma mutação no gene produtor de CCR5 (co-receptor quimiotático presente na membrana do Linfócito TCD4), denominada delta 32 (presente em indivíduos caucasianos do norte e oeste europeu), que impedia a conjugação das proteínas do espículo viral (gp120 e gp41) com o receptor da membrana do Linfócito T, CD4. Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma linha de pesquisa voltada para a produção de vacina terapêutica através do cultivo de células dendríticas do próprio paciente, o que revelou desaceleração na progressão da doença em 83% dos pacientes tratados, durante o primeiro ano. Na via profilática. Pesquisadores espanhóis produziram a vacina MVA-B derivada de uma cepa enfraquecida do vírus da varíola que sofre inserção de quatro genes do HIV, não sendo suficientes para infecção do mesmo, mas capazes de promover alerto ao SI, onde foram observados 90% de sucesso em testes iniciais com persistência da resposta em 85% dos casos durante o ano seguinte. O B da vacina MVA-B, representa o principal tipo de HIV presente em toda a Europa, sendo o foco interesse dos espanhóis.


Tipo: Oral