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HPV COMO FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE LESÕES E CÂNCER DO TRATO GENITAL FEMININO

01/12/2011 17:11

Autores: A.A. Silva Junior; M.C. Lima; V.L.S. Silva

Orientador: A.L.P.B. Medeiros

Data: 23/11/2011


Resumo:

Introdução: O Papilomavírus Humano (HPV) apresenta seu material genético organizado no formato de DNA em fita dupla com comprimento de 7900 kilobases de forma icosaédrica, não envelopo, com 72 capsômeros, e pertence a família Papillomaviridae. Conhece-se na atualidade mais de 100 tipos de HPV, sendo classificados como de alto e baixo risco para o desenvolvimento de câncer, de acordo com o potencial oncogênico. Os tipos 6 e 11 são de baixo risco e são os mais prevalentes, assim como os de alto risco oncogênico ( HPV tipo 16, 18 31, 33, 35, 39, 45, 52, 56). Quando associados a outros fatores, têm relação com o desenvolvimento das neoplasias e lesões intra-epiteliais e do câncer invasor da cérvice uterina, vulva e vagina. O câncer de cérvice uterina, no Brasil fica em segundo lugar a incidência de câncer, precedido apenas pelo câncer de mama. Já o câncer de vulva se apresenta com baixa incidência mundial de aproximadamente 1,8/100.000 mulheres, porém no Brasil é encontrada a maior incidência de câncer de vulva. A neoplasia intraepitelial da vagina (NIVA) é muito mais rara que a neoplasia intraepitelial de cérvice e de vulva, correspondendo a 0,4% das doenças intraepiteliais do trato genital feminino. Vários são os fatores associado ao desenvolvimento de câncer na região do trato genital feminino como início precoce da atividade sexual, alta paridade, curto intervalo de interparto, número de parceiros sexuais, promiscuidade do parceiro sexual, hábitos de higiene e tabagismo. O uso de anticoncepcionais orais é bastante controverso. Objetivo: correlacionar infecções por HPV como fator de risco para o desenvolvimento de lesões e câncer do trato genital feminino nas regiões de vagina, vulva e cérvice. Metodologia: trata-se de uma revisão de literatura realizada a partir de artigos selecionados sobre o tema hpv como fator de risco para o desenvolvimento de lesões e câncer do trato genital feminino. Realizou-se busca de artigos nas bases de dados SCIELO, SBNP, BIREME e LILACS. Para a inclusão de artigos na revisão de literatura foram estabelecidos os seguintes critérios: artigos de revista, texto completo e publicação em língua portuguesa e inglesa realizadas nos últimos dez anos. Resultados: os métodos de diagnóstico de lesões e neoplasia por HPV no trato genital feminino são morfológicos e inclui o exame clínico, a colposcopia, o Papanicolaou (citologia oncótica) e a histologia. Sendo o exame de Papaniolaou mais usado para diagnóstico de cérvice. E a identificação propriamente do vírus inclui os métodos de pesquisa biológica como captura Hibrida, hibridização in situ e reações em cadeia da polimerase (PCR). Nas neoplasias intra-epiteliais de vagina (NIVA) o HPV tipo 16 e 18 são os mais prevalentes correspondendo a 53,7% e 7, 6%, respectivamente. Neoplasias intra-epiteliais vulvares (NIV) estão associados com HPV, grande parte dos casos e outra parte a predisposição genética, sendo que várias literaturas apontam que o HPV do tipo 6 está relacionado com lesões benignas em 22,4% dos casos e nos casos de carcinoma vulvar o HPV mais relacionado é o tipo 16 correspondendo á 79,1% dos casos. Nas neoplasias Intra-epiteliais de cérvice (NIC) e nos carcinomas os tipos de alto risco como 16 e 18 são os mais prevalentes. Os diagnósticos para neoplasias e lesões a nível de vagina e vulva são realizados com exames de colposcopia, sendo realizado confirmação de neoplasias pela técnica de Histopatologia, porém as NIV e NIVA são de incidências menores que as de NIC. As NIC são diagnosticadas pelo Papanicolaou por possuir sensibilidade de 68% e especificidade de 70,1%, sendo presente características de coilocitose (cavitação perinuclear, oticamente clara e de citoplasma de bordas claras, bi ou multinucleação) e uma displasia leve ou NIC de tipo 1carcterisando lesões de baixo grau e NIC tipo 2 ou  3. Conclusão: a partir da literatura pesquisada pode-se concluir que as infecções por HPV podem causar acometimento de lesões e desenvolvimento de neoplasias no trato genital feminino sendo as de maior incidência as NIC sendo necessário uma melhor otimização nos serviços públicos de saúde, para se oferecer exames de Papanicolaou com fácil acesso sendo este de grande capacidade de diagnosticar lesões ou neoplasias na fase inicial pelo HPV, resultando em melhor prognostico das pacientes.

 

Tipo: Pôster