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MICOTOXINAS EM ALIMENTOS E SEUS PRINCIPAIS PRODUTORES

01/12/2011 17:05

Autores: C.S.F. Araújo; M.M. Silva Junior; W.E.S. Melo; G.M.S. Xavier

Orientador: A.T. Jácome Júnior

Data: 23/11/2011


Resumo:

INTRODUÇÃO: As micotoxinas são conhecidas por sua alta incidência em alimentos para humanos e animais. O controle das condições que predispõe a colonização por fungos e contaminação por micotoxinas micotoxigênicas desempenha um papel fundamental nas estratégias de monitoramento e controle dos alimentos. Por serem ubíquos, os fungos produtores de micotoxinas são capazes de germinar, crescer e produzir toxinas em uma grande variedade de produtos agrícolas. Para que isto aconteça, deve haver condições favoráveis de umidade, temperatura e aeração. As micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por uma variedade de fungos, sendo as principais: aflatoxinas e citrinina (Penicillium sp. Citrinum sp), ocratoxina (Aspergillus ostianus, Aspergillus alliaceus, Aspergillus mellus) geralmente durante a estocagem, patulina (Penicillium sp.), fumonisina (Fusarium sp.) em milhos e a sambutoxina (Fusarium sambucinum). Na posição de um dos países líderes na produção de alimentos agrícolas e de commodities, o Brasil possui condições ambientais excelentes para o crescimento de todos esses fungos micotoxigênicos. Atualmente, cerca de 25% de todos os produtos agrícolas produzidos no mundo estão contaminados com alguma micotoxina. OBJETIVO: Fazer um levantamento bibliográfico das principais micotoxinas presentes em alimentos e seus fungos produtores. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa simples tendo como bases de dados o Scielo, PubMed e Lilacs, utilizando artigos em português publicados no período de 2002 a 2009 e utilizando,  Micotoxinas,produção e alimentos como palavras-chaves. RESULTADOS: De acordo com o levantamento feito, observou-se que as micotoxinas estão associadas a grãos armazenados e rações para alimentação animal, especialmente milho com alto teor de umidade. Também foram detectadas aflatoxinas, tricotecenos, ocratoxina produzidas por Aspergillus sp, Fusarium sp e Penicillium sp em silagem, sementes de algodão, amendoim e soja. No Brasil, a contaminação de milho tem sido descrita principalmente em milho em grão. Correa e colaboradores encontraram 56% das 600 amostras de milho provenientes do Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul, da Argentina e do Paraguai contaminadas com aflatoxinas. Em outro estudo, 98% das 264 amostras de milho em grão de vários estados brasileiros estavam contaminadas por aflatoxinas. CONCLUSÃO: O levantamento bibliográfico demonstrou o alto teor de contaminação de grãos por micotoxinas através dos vários artigos pesquisados. A contaminação de alimentos e rações por micotoxinas representa um sério problema de saúde para humanos e animais, além de se constituir em considerável obstáculo à economia. A presença de fungos em alimentos indica a possibilidade de produção de micotoxinas e a necessidade de considerar o destino do lote e produtos. Vários governos já estabeleceram limites regulamentares para micotoxinas em alimentos e rações animais, para venda ou importação. A diminuição do teor de umidade nos locais de armazenagem de grãos é um dos fatores que podem ser utilizados na prevenção contra esse tipo de contaminação. O controle da deterioração fúngica é uma questão muito mais ligada à prevenção do que à eliminação de toxinas. O controle efetivo deve ser realizado nas lavouras e na estocagem dos grãos.

 

Tipo: Pôster