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OCORRÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM CRIANÇAS ATENDIDAS NA UNIDADE MISTA DE SAÚDE DE ALTINHO-PE

01/12/2011 17:31

Autores: R.F.O. Morais; W.E.S. Melo; K.S. Silva; P.A.A. Araújo

Orientador: A.M.A.S. Gomes

Data: 23/11/2011


Resumo:

Introdução: As enteroparasitoses representam um sério problema de saúde pública de cunho mundial. No Brasil, essas doenças ocorrem nas diversas regiões do país, seja em zona rural ou urbana e em diferentes faixas etárias. Essas afecções estão correlacionadas com níveis socioeconômicos mais baixos e condições precárias de saneamento básico, representando um flagelo, sobretudo para as populações mais pobres. As doenças infecciosas e parasitárias ainda constituem um dos principais problemas de saúde pública, especialmente, nos países em desenvolvimento. Os principais parasitas relatados nessas pesquisas são Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e Enterobius vermicularis. A maioria desses parasitas causa desnutrição, anemia, diarréia, obstrução intestinal e má absorção. Essas afecções estão aliadas a ausência de noções básicas de higiene, observada, sobretudo na infância. As doenças parasitárias intestinais acometem principalmente crianças em idade escolar, o que pode comprometer seu desenvolvimento físico e intelectual. Objetivo: Este presente trabalho teve por objetivo verificar a ocorrência de enteroparasitoses em crianças. Metodologia: Foi realizado no município de Altinho-PE um levantamento dos dados das amostras de fezes analisadas pela Unidade de Saúde Mista da cidade de Altinho-PE no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2010 através do método de Sedimentação Espontânea (Método de Hoffman et al.). Os resultados dos exames realizados em crianças de 1 a 12 foram selecionados para análise, num total de 816 resultados. Resultados: Foi constatada neste período houve uma positividade em 49,26% dos exames realizados. Os protozoários foram os mais freqüentes (85,08%), destacando-se: Entamoeba histolytica (59,70%), Giárdia lamblia (21,64%), Himinolepis nana (2,23%) e Iodamoeba butchilli (0,74%). Dentre os helmintos (14,92%), a ocorrência de Ascaris lumbricóides foi de 6,71%, Ancylostoma duodenale 2,98%, Trichuris trichiura de 2,98% e Enterobius vermicularis 2,23%. Apenas dez casos apresentaram associação entre dois parasitas acometendo o mesmo paciente, dentre os protozoários Giárdia lamblia estava presente em cinco casos e entre os helmintos Ascaris lumbricóides em quatro. Conclusão: Os danos que os enteroparasitas podem causar a seus portadores incluem, entre outros agravos, quadros de diarréia e de má absorção (Entamoeba histolytica e Giardia lamblia), a obstrução intestinal (Ascaris lumbricoides), desnutrição (Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura), a anemia por deficiência de ferro (ancilostomídeos), sendo que as manifestações clínicas são usualmente proporcionais à carga parasitária albergada pelo indivíduo. Destaca-se a ocorrência da Entamoeba histolytica, a mais freqüente. Esta é considerada um indicador de consumo de água e alimentos contaminados por matéria fecal. As formas clínicas mais freqüentes são a disenteria e abscesso hepático-amebiano. Considera-se que no mundo existem 50 milhões de casos de disenteria e abscesso hepático-amebiano e pouco mais de 100 mil mortes por ano. Sob certas condições desfavoráveis ​​para o crescimento, os trofozoítos podem formar cistos, deixando o intestino nas fezes e podem contaminar os alimentos ou água, servindo como veículos para infectar um novo hospedeiro. Para a erradicação destes problemas necessita-se de melhorias nas condições socioeconômicas, no saneamento básico e principalmente na educação em saúde.

 

Tipo: Pôster